sábado, 28 de novembro de 2015

Riscos aos usuários causados por instalações elétricas feitas fora das normas técnicas

Instalações elétricas quando não são feitas dentro das normas causam danos aos usuários, alguns destes quase imperceptíveis, desde um pequeno incomodo até outros fatais. Neste texto serão apresentados os transtornos causados aos usuários de edificações quando normas não são seguidas.

Um dos problemas que pode ser notado por meio do uso da edificação é a queda de tensão e desarme de disjuntores, gerando uma situação desagradável no uso do chuveiro elétrico e na luminosidade da lâmpada, sendo necessário interromper os a fazeres para armar o disjuntor. Isto ocorre devido ao mau dimensionamento dos condutores e eletrodutos, gerando a elevação das correntes e seu aquecimento podendo danificar o equipamento utilizado ou causar incêndio.

Como foi dito o projeto de instalação elétrica não somente previne os usuários de pequenos transtornos, mas também evita incêndio, no dimensionamento e especificação dos conduítes, eliminando maiores acidentes em caso de curto-circuito e fuga de corrente, impedindo prejuízos na conta de energia elétrica devido a fuga de corrente que não gera trabalho e aumenta a segurança do consumidor.

Um fenômeno que é anulado por uma instalação elétrica bem-feita são choques por materiais condutores, aquele “choquinho” do chuveiro de casa antiga que pode causar danos irreversíveis as vítimas, principalmente se forem usuários de marca-passo. Estes problemas podem ser evitados por um sistema de aterramento adequado e a utilização de disjuntores residuais que protegem o usuário contra fuga de corrente e choques.

Os riscos que os usuários sofrem podem ser fatais, apenas o uso de materiais de qualidade não o protege, é necessário que estes sejam dimensionados corretamente e caso seja notado algum problema no dia-a-dia devido a instalação elétrica inadequada, esta pode ser corrigida por um profissional qualificado e capacitado evitando outros problemas irreversíveis.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Custo de instalações elétricas para construções

Muitas vezes em uma construção, a parte de instalação elétrica é deixada de lado por não ser notada visivelmente, mas uma instalação feita fora da norma acaba provocando problemas que podem ser notados no cotidiano dos usuários e geram um desconforto para o mesmo.

O projeto e a execução de instalações elétricas correspondem de 5% a 7% do valor da obra, este valor é considerado baixo quando comparado com outros gastos, não justificando o seu corte, pois os problemas serão maiores e muito mais caro para serem corrigidos.


Instalações elétricas
Em um exemplo simples, vamos imaginar uma casa com valor de construção de R$100.000,00. O valor do projeto e a instalação elétrica corresponderiam a 5% desde valor, ou seja R$ 5.000,00. Se uma construtora considera esse valor muito alto e resolve poupar gastos contratando um eletricista mais barato, com menor experiência que utiliza materiais de baixa qualidade ela conseguiria economizar o equivalente a 3% da obra, gastando apenas R$2.000,00 com a execução do serviço, porém o serviço prestado desconsiderou a segurança dos equipamentos e dos moradores os colocando em situação de risco.

Esse resultado faz com que o usuário, incomodado, reclame diariamente deste problema e responsabilize a construtora, que por sua vez, não consegue transmitir uma imagem positiva e desvaloriza seu próprio serviço, diminuindo o tempo das empresas e empreiteiros no mercado. Para valorizar toda a construção e todo o serviço prestado o ideal é que as obrigações sejam divididas.
Divisão de circuitos por potência
O objetivo do projeto de instalação elétrica é distribuir a iluminação, dimensionar os circuitos, bitolas de fios, disjuntores, conduítes e fazer a distribuição de potência, prever tomadas de uso especiais – TUE’s (tomadas de energia elétrica para equipamentos de alta potência como chuveiro e ar-condicionado), aterramento, relação e especificação de materiais e equipamentos.

Outra vantagem de se ter um projeto é a comodidade na compra de equipamentos adequados e na quantidade correta, evitando sobras e até mesmo o incomodo de solicitar a troca dos materiais que não foram utilizados.

Assim o projeto de instalação elétrica não deixa nada para trás, pensando sempre no menor custo e melhor benefício para os usuários, dando vida longa a construção e aos equipamentos elétricos valorizando as edificações e criando uma boa imagem das empresas construtoras sem condenar a obra por uma economia de 3% do valor total.


domingo, 22 de novembro de 2015

Princípios básicos de circuitos

Conhecimento sobre circuitos elétricos são necessários para prosseguir com a discussão sobre os gastos e desperdícios de energia elétrica. Os conceitos introduzidos no texto "Conhecimentos básicos de Eletricidade" sobre tensão, corrente e potência agora serão utilizados


A principal relação entre tensão e corrente é designada pelas Leis de Ohm   definida sem variação de temperatura, a razão entre tensão (V) e corrente (I) em um condutor é constante, este valor é conhecido como resistência (R) demonstrado na equação abaixo. 

Lei de Ohm

A resistência é a grandeza que impede a circulação da corrente consumindo potência, este valor depende diretamente do comprimento (l) e da resistividade (ρ), material do condutor e o inverso da área da sessão (A). Cada material tem uma resistividade diferente, que impede o fluxo da corrente, dependendo da temperatura. Para alterar a resistência de um condutor pode se alterar o material, aumentar a área, diminuir a distância ou diminuir a temperatura. 
Resistência
O material de condutores utilizado na maioria dos casos é o cobre, em uma temperatura de 20oC tem uma condutividade de 1,72×10−8 m Ω este valor se altera com o aumento da temperatura influenciando na resistência. Os condutores devem sempre estar em um ambiente com temperatura constante ou prever esta variação.


Sabendo dos impactos desta variação de temperatura e resistência é possível calcular a potência dissipada, de acordo com a seguinte formula. A dissipação aumenta com o quadrado da corrente, quanto maior a potência maior a corrente.


Assim pode se notar que a definição do condutor corretamente tem impactos como no consumo de energia elétrica e aquecimento e dentro de um eletroduto um condutor interfere na temperatura do outro esse é um dos motivos que deve ser dimensionado tudo corretamente obedecendo a exigências da norma.

Assim pode se notar que a definição do condutor corretamente tem impactos no consumo de energia elétrica e no aquecimento e dentro de um eletroduto um condutor interfere na temperatura do outro esse é um dos motivos o qual tudo deve ser dimensionado corretamente obedecendo a exigências da norma.

Acompanhe os demonstrativos que serão criados mostrando a economia financeira e de energia elétrica.
  •  Aumento de nível de tensão
  • Dimensionamento de condutor correto

sábado, 21 de novembro de 2015

Proteja-se com instalações elétricas seguindo as normas.

A instalação elétrica de uma edificação nem sempre é muito valorizada por não ser notada visivelmente, mas alguns problemas de uma instalação malfeita geram problemas que podem ser notados no cotidiano dos usuários.

Para entender os riscos, transtornos e prejuízos das instalações feitas de forma inadequada são necessários conhecimentos sobre os princípios básicos de circuitos como Lei de ohm, resistividade de condutor e potência ativa.

Seguir o projeto de instalação elétrica gera economia para quem pretende construir e esse custo para as construções é baixo em relação a obra, pois prevê um controle no material gasto e divide a responsabilidade técnica da obra.

Dividir a responsabilidade técnica de obras com um profissional qualificado e autorizado elimina os transtornos e riscos aos usuários causados por instalações elétricas feitas fora da norma NBR – 5410, como disjuntores desarmando, queda de tensão, risco de incêndio e choques elétricos.

Outros benefícios trazidos por um profissional qualificado são a eficiência energética e sustentabilidade da instalação elétrica distribuindo a potência em circuitos, evitando queda de tensão utilizando materiais dimensionados corretamente.

Serão publicados periodicamente textos sobre estes assuntos os leitores poderão acessar pelos links abaixo:

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Produza sua própria energia

Produzir energia elétrica têm ficado cada vez mais fácil, com a Resolução Normativa Nº 482, de 17 de abril de 2012 da ANEEL (Agência Nacional De Energia Elétrica) que estabelece as condições gerais permitindo que pessoas físicas e pessoas jurídicas produzam energia elétrica.



Esta resolução define microgeração e minegeração distribuída que produzem até 100kW e mais 100kW até 1MW respectivamente. Elas são produzidas por meio de fontes hidráulicas, solares, eólicas, biomassa ou cogeração qualificada conectados à rede de distribuição por consumidores.

O comércio desta energia com a distribuidora é feito pelo sistema de compensação de energia elétrica que é o empréstimo de potência ativa para a distribuidora o qual é devolvido para a mesma unidade consumidora ou outra unidade consumidora de mesma titularidade.

O acesso ao sistema de distribuição é normatizado por regulamentos da distribuidora, sendo que a potência limite produzida é a mesma da carga instalada no caso de residências e comércios, e limitada pela demanda no caso de grandes consumidores como as industrias, fazendas e grandes empreendimentos.



A resolução Nº 482 simplifica a produção de energia, tornando dispensável a assinatura de contratos de uso e conexão na qualidade de central geradora, popularizando o sistema de geração permitindo reduzir drasticamente o valor da conta de energia elétrica e tornando-a acessível há todos os consumidores. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Selo Procel

O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, ou Procel, foi criado em meados da década de 80 pelo Governo Federal para combater o desperdício de energia elétrica, conscientizando seus usuários. Coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e executado pelo Centrais Elétricas Brasileira S/A – Eletrobras.

Procurem este selo
O Selo Procel foi criado por meio de decreto no dia 8 de dezembro de 1993 como Selo Verde de Eficiência Energética apresentando o melhor nível de eficiência energética de uma série de equipamentos: refrigeradores e freezers, condicionadores de ar, motores de indução trifásicos, sistemas de aquecimento solar de água, lâmpadas fluorescentes compactas e a vapor de sódio, reatores eletromagnéticos e eletrônicos, máquinas de lavar roupa, televisores, ventiladores de teto, módulos fotovoltaicos e bombas hidráulicas.

O programa tem parcerias com o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e fabricantes para calcular o consumo médio mensal - CMM - dos equipamentos utilizados a equação abaixo, anulando o efeito liga e desliga dos equipamentos e variações de potência consumida.

Este cálculo simplifica para o usuário quando necessita fazer o cálculo de consumo pois torna-se mais simples só multiplicar o consumo médio mensal pela tarifa da concessionária de energia.

O Selo Procel especifica a eficiência dos eletrodomésticos, quanto mais próximo de 'A' melhor, além desta classificação o selo também informa o consumo de energia esperado a longo do mês, o valor que entra na conta de luz, a potência de saída (como pode ser visto no texto Conhecimentos básicos de Eletricidade), o que é realmente útil para o consumidor é quanto o equipamento trabalha para você, o que será utilizado para beneficiar o consumidor.

Sabendo analisar o selo Procel o consumidor pode escolher o melhor equipamento para economizar energia elétrica, diminuindo as faturas de energia elétrica e os gastos e desperdícios que duram anos.

Selo Procel de um refrigerador.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Sistema Elétrico Brasileiro

O sistema energético brasileiro se divide em geração, transmissão, distribuição e consumo. A tarifa de energia deve sustentar economicamente estes subsistemas. Onde cada sistema tem um nível de tensão diferente, um exemplo pode ser visto na figura um exemplo de sistema elétrico.

Exemplo de sistema elétrico

No Brasil cerca de 74,7% da geração de energia elétrica é feita por hidroelétricas. Para que haja aproveitamento da energia hidroelétrica é necessária água em abundância e quedas d’água Estes eventos se tornam dependentes de efeitos naturais como relevo, quedas d’água nas bacias hidrográficas e chuvas regulares.

Devido aos efeitos climáticos o preço da tarifa elétrica varia, alterando também o sistema gerador, mudando os gastos e exigindo a interligação do sistema gerador. As usinas geradoras de energia se localizam geralmente em locais afastados de onde a energia é consumida e essa interligação entre geração e o consumo são feitos por linhas de transmissão.

As linhas de transmissão e distribuição são responsáveis por transportar a energia elétrica dos sistemas de geração até os centros consumidores e usuário final como residências, empresas e indústrias.

O Brasil tem 5.570 municípios distribuídos em 8.515.767,049 km² dados de primeiro de julho de 2013. Devido à grande extensão do território e para tornar a transmissão viável é utilizada a elevação de tensão para níveis de tensão de geralmente 13,8kV para 69kV até 750kV necessitando de subestações para atingir tais níveis de tensão, como pode ser visto o sistema de transmissão brasileiro no mapa da ONS na figura.

Sistema de transmissão brasileira - ONS

Dentro das cidades, bairros e indústrias utilizam-se a distribuição para transportar a energia elétrica, utiliza nível de tenção de 13,8kV até 34,5kV. A maior parte das cidades brasileiras tem a tensão de distribuição de 13,8kV, este valor pode ser conferido na concessionaria.

O último passo antes de chegar no consumidor residencial é abaixar o nível de tensão para 220/380V ou 127/220V, este é o caso das cidades do sudeste brasileiro.

Sabendo de todo esse processo que a energia passa até chegar ao consumidor, pode-se entender porque o preço tem variações, por exemplo as bandeiras tarifarias. Assim pode-se saber o que está sendo cobrado dos usuários e tudo que influencia no preço da conta de energia elétrica.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Conhecimentos básicos de Eletricidade

Para entender as publicações do blog são necessários conhecimentos básicos sobre a eletricidade que muitas vezes é confundido no momento de entender a conta de energia, definir equipamentos elétricos e eletrodomésticos, tentarei ser bem direto.

Podemos começar explicando o que é tensão e corrente.
A tensão, diferença de potencial ou voltagem é a diferença de energia elétrica potencial entre dois pontos ou carga, acontece quando existem dois pontos com carga elétrica diferentes e sua unidade é o Volt [V].

Corrente ou amperagem é o fluxo de carga elétrica que passa de um ponto ao outo, acontece quando há um material condutor entre 2 pontos de potencial elétricos diferentes, a sua unidade é o ampere [A].

O produto da tensão e da corrente é a potência que tem como unidade utilizada o watt [W], esta grandeza define o quanto o equipamento vai consumir energia elétrica. Todos os equipamentos têm duas potências, estas são utilizadas para analisar a eficiência dos equipamentos. A potência que é consumida da rede elétrica e a potência que é transformada em trabalho final, que em outras publicações será definida como potência de entrada e potência de saída.

A divisão da potência de saída e de entrada é definida como rendimento (η) que varia entre 0 e 1, esse número indica o quanto o equipamento está perdendo nessa transformação e não está sendo útil, quanto mais perto de um, mais eficiente é o equipamento.

Qual a importância dessas informações?
As concessionárias de energia (Light, Cemig, Energisa, Ampla...) cobram pela energia entregue que é a potência consumida em um intervalo de tempo o watt-hora [Wh] e entrega um diferencial de potencial, os eletrodomésticos pedem uma corrente, consome uma potência durante um tempo que é a energia cobrada. Assim o que deve ser feito no final é reduzir esta energia como será explicado em outras publicações.




terça-feira, 3 de novembro de 2015

A importância da eficiência energética

A energia elétrica é uma das principais fontes de energia no nosso país, utilizada para produzir iluminação, aquecimento, alimentar equipamentos eletrônicos, equipamentos de refrigeração e máquinas elétricas rotacionais.


Devido à grande necessidade da energia elétrica ela passa a ser um grande gasto das empresas, indústrias, residências e comércios. A energia elétrica fica entre os maiores gastos, sendo um desafio não só para área técnica, mas também para área financeira.

Os gastos com a energia elétrica nem sempre pode ser algo programado, pois vivemos em um país dependente de recursos naturais, principalmente a chuva que alimenta os recursos naturais das hidroelétricas que é base energética brasileira, que podem alterar as condições de geração de eletricidade. 

Em 2015 foram criadas as bandeiras tarifárias, que são classificadas por cores: verde, amarela e vermelha. Essa classificação depende das condições de geração de energia elétrica que deixa de utilizar como principal fonte de energia os recursos das hidroelétricas e passa a usar como fonte de geração de energia as termoelétricas o qual é mais cara e poluente o que agride o meio ambiante.

A grande necessidade de poupar energia é são que todas as fontes de geração causa algum impacto ambiental. Pensando em um futuro melhor para nossos filhos deve-se poupar energia para reduzir os impactos, alem disso escolher quando possível a melhor fonte energética, que causa menos impacto ambiental, menos poluente com poucos ou nenhum resíduo, baixa ocupação de espaço físico pensando na saúde do planeta.


Esta situação exige um novo comportamento e mentalidade dos usuários tornando investimentos em economia de energia elétrica algo confiável e com retorno certo. A busca de equipamentos eficientes para redução do gasto de energia elétrica e fontes alternativas de energia são ações que sempre geram resultados financeiros positivos aos usuários. Esse investimento tem resultado instantâneo na redução de custos e com longa vida útil. Estas atitudes dão a independência do sistema elétrica ao usuário no corte de custo e estes podem e devem ser feito por todos.

Apresentação

Este blog foi criado com intuito de conscientizar as pessoas sobre o consumo de energia elétrica, tentando sempre alertar os usuários do sistema elétrico como é possível economizar energia de uma maneira consciente sem perder conforto.

Aqui serão publicados textos sobre o consumo de energia, contribuindo para as pessoas consumirem eletricidade de uma maneira sustentável e simples.

Sou formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuo em projetos de eficiência energética, fontes de energia renovável (fotovoltaicas, eólica, pequenas centrais hidroelétricas e biomassa), instalações elétricas residenciais e industriais, automação industrial, tarifação do sistema elétrico e mercado energético, sistemas de distribuição e tratamento de água e esgoto, sistema de bombas centrífugas, coordenação de manutenção corretiva, preventiva e preditiva. 

Acredito que com a cooperação de todos, podemos viver em um mundo melhor e sustentável sem perder o conforto e ainda poupando dinheiro ou até mesmo gerando retorno financeiro.